Os movimentos e vidas das feiras de rua

Manchete: A força da tradição

Chamada: As feiras livres já vêm de muito tempo, para vencer a concorrência os feirantes, atualmente, fizeram da feira um comércio com outras opções de compra

A feira de rua ou feira livre já faz parte da cultura brasileira. Tradicional por todo o Brasil, a cidade de Vitória tem cerca de 16 feiras de rua espalhadas em 15 bairros, o único que tem duas feiras é Jardim da Penha. A rotina dos feirantes começa bem cedo, às 5 da manhã e segue até as 13h, com muita variedade de alimentos para todos os gostos.

Atualmente apesar das facilidades dos supermercados e agora também da internet as feiras livres ainda são muito fortes. Na Praia do Canto a feira da Constante Sodré, que acontece toda quinta feira, atrai a clientela do bairro e das proximidades não só pela diversidade de frutas e verduras, mas também pela atmosfera das feiras de rua.

Os freqüentadores da feira costumam freqüentá-las nos horários de maior movimento, que são entre 8h e 11h e comprar os alimentos mais fresquinhos. A professora universitária Emília Manente sempre gostou das feiras de rua. “Eu também vou ao supermercado, mas sempre freqüentei feira de rua, gosto do clima amigável, porém na feira livre eu só compro os verdinhos”, disse Emília.

A qualidade que tanto atrai os clientes tem seu preço e não é barato. A professora Emília Manente gosta dos produtos, mas considera um pouco caro. “O preço não é muito diferente do supermercado não, porém compensa nos outros quesitos, inclusive por estar na feira”, explicou a professora.

Variedade de produtos

Mas as feiras livres não oferecem somente, frutas, verduras e legumes, já se foi o tempo as feiras se restringiam somente as leguminosas, agora tem além da carne, do ovo, as feiras oferecem uma gama de produtos que se assemelha a um pequeno supermercado ao ar livre. Os compradores não têm preconceito, quanto mais opções de compra, melhor.

A fim de vencer a concorrência, ou seja, os supermercados e quilões, as mercadorias variam, vão desde roupas, panos de prato, acessórios até aos produtos de limpeza. A feirante Florinda Lopes, trabalha na feira há 15 anos vendendo cloro e produtos de higiene, como sabonete e xampus, alguns feitos por ela. “Eu mesmo faço os produtos que eu vendo, tem sabonete para tudo, sarna, pele oleosa, pele seca. Eu faço todos com produtos naturais mesmo, sem química”, falou Florinda.

Dia a dia do feirante

A rotina dos feirantes é intensa e cansativa, muitos vem de longe para chegar cedo à feira e preparar as barracas, a maioria também trabalha em mais de uma feira, para ajudar na renda familiar ou mesmo para sustentar a família que vive das vendas obtidas na feira, que muitas vezes ajuda também na feira.

O trabalho da feira não é para qualquer um, além de que ter muito pique, os feirantes têm que ser criativos e de preferência uma boa clientela. O vendedor de ovo da feira da Praia do Canto, Cláudio Rangel, apesar da rotina apertada gosta de trabalhar na feira. “Trabalho desde cedo na feira junto com a minha mulher, possuo alguns clientes que já são fiéis e sempre compram ovos comigo. Eu vivo das feiras, dessa aqui e das outras que eu trabalho”, esclareceu Rangel.      

            Os clientes da feira não imaginam que por trás de todos aqueles produtos frescos e tão bem apresentados pelos feirantes, tem um grande trabalho até atingir o resultado final, ou seja, a feira. Ainda que o tempo passe e o mundo esteja cada dia mais tecnológico, a feira de rua e os seus clientes ainda continuam a freqüentá-la sem intenção de querer parar.

O que precisa para ser feirante? http://jornalismofaesa4a.blogspot.com/2010/12/feira-legal-e-garantia-de-qualidade.html
Conheça um pouco a história da Feira de Rua:
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Conheça um pouco da Feira de Rua da Praia do Canto:
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Grupo: Alexandre Kapiche, Letticia Müller e Bárbara Oliveira